terça-feira, junho 23, 2009

Anos 90



Pelo Twitter recebi um link para o site N Coisas da rádio Ipanema que falava sobre a volta dos anos 90... Logo abaixo está o post da Ipanema (que pegou da Rolling Stone) e mais embaixo um comentário meu sobre o que essa década foi para mim.

23 de Junho de 2009 - 09:06

Este ano, bandas como Jane’a Addiction, Limp Bizkit e No Doubt, estão se reunindo. Patrocinadores esperam que os fãs de música dos anos 90, ou seja, que saíram da adolescência mais ou menos na época do primeiro Lollapalooza ( um dos festivais mais marcantes da época), estejam sentindo saudade do rock desse passado não tão distante.

Há bons sinais: Jane’s Addiction e Limp Bizkit vão bater de frente com Blink- 182, Faith No More, No Doubt e Phish, clássicos dos anos 90 vêm sendo cada vez mais tocados nas rádios, e o canal VH1 está preparando mais programas como o retrospectivo I Love the 90s. “Sempre acreditei na regra dos 15 anos, diz o vice-presidente da VH1, Rick Krim. “Quinze anos atrás foi o coração da década de noventa. É um solo fértil”.


Ingressos para a maioria das turnês do verão norte-americano ainda não estão á venda, mas quando o Rage Agaist The Machine se reuniu em 2007 para encabeçar festivais do mundo todo, ficou clara a crescente demanda por shows de bandas dos anos 90. No ano passado, Stone Temple Pilots fez uma média de US$ 230 mil em ingressos por show, mais que o dobro que fizeram na turnê anterior, em 2002.


Mas o que está alimentando a demanda? “O peso dos filhos começa finalmente a diminuir. Agora o pessoal daquela geração consegue guardar algum dinheiro. Já criaram seus filhos e começam a se colocar em primeiro plano novamente” diz Marshal Cohen, analista chefe da empresa de pesquisa de mercado NDP Group.


Fonte: Revista Rolling Stone

Que maravilha! Esta foi a minha década! Entrei nela com 11 e saí com 21 anos, ou seja, foi toda minha adolescência. Até tento, mas não consigo curtir de verdade a música dos anos 80... As bandas que eu curtia eram Nirvana, Pearl Jam, Green Day, Smashing Pumpkins, Alice in Chains, Metallica, Faith No More, Bride, Whitecross... Ouvia também Aerosmith, Guns, Bon Jovi... Naquela época a MTV era basicamente rock... bons tempos...

Me lembro quando, numa madrugada, vi pela primeira vez o Nirvana fazendo um show em um programa de música alternativa. Assim que vi fiquei impressionado e imediatamente coloquei uma fita de VHS no videocassete e gravei. Kurt Cobain estava com cabelo pintado de vermelho. Só mais tarde é que a banda passou a fazer mais sucesso por aqui com o Nevermind...

A imagem da minha MTV tinha bastante chuvisco. Eu havia pedido de presente para meus pais a instalação de uma antena UHF no telhado da nossa casa. Pouca gente assistia à MTV. Tinha um programa aonde o Thunderbird lia no ar cartas de telespectadores. Cartas de verdade, enviadas pelo correio... não e-mails! Isso foi antes do boom da internet. De tarde havia o “Gás Total” apresentado pelo Gastão Moreira aonde tocava rock um pouco mais pesado.

Lá pelos 13 anos passava a tarde na Players, uma locadora de vodeogame que ficava perto de casa. Jogava muito SNES. A gurizada que frequentava lá era da tribo skatista. Algumas músicas mais “comerciais” classificávamos como sendo “músicas que tocavam na Atlântida”. Eram músicas que não serviam para se ouvir em casa, mas apenas para dançar em festa (não nós, é claro... isso era coisa dos mauricinhos...). Deixei o cabelo crescer várias vezes... gostava muito das bandas de Seattle, mas rejeitava o rótulo “grunge”... Musicalmente acho que a década morreu junto com o Kurt Cobain. Outras bandas terminaram e mais tarde a MTV brasileira passou a dar mais destaque para o que antes era considerado ridículo e a americana para o rap.

No início da adolescência tomei a decisão de ser um discípulo de Jesus, em um retiro no Janz Team em Gramado. Considero esse o grande momento de conversão da minha vida. Depois dessa decisão passei a ir à igreja para buscar a Deus e não mais por obrigação. Na primeira oportunidade fui batizado.

De madrugada passava na Manchete um programa da Renascer só de música “gospel”. Naquela época o termo “gospel” passou a identificar todo um movimento de jovens evangélicos que curtiam rock. A Renascer parecia ser a igreja mais perfeita do mundo. Eu até fiquei escandalizado quando vi pela primeira vez um show do Bride na TV. Depois a banda passou a ser uma das minhas preferidas.

Na volta do Colégio Batista, junto com o meu colega de escola e igreja Felipe, passava na locadora Sound&Vision para ver se tinha novidades de rock alternativo. Foi assim que conhecemos o Green Day. Alugamos o Dookie antes de estourar por aqui. Gravamos em fita K7 e não cansávamos de ouvir enquanto jogávamos pingue-pongue e praticávamos arremessos de basquete em um circuito nos fundos da casa dele. Outras bandas que ouvíamos muito juntos era DC Talk, Newsboys e Audio Adrenaline. Petra também, especialmente o Petra Praise 2... Aliás, o Wake Up Call do Petra foi o meu primeiro CD cristão (secular foi o Use Your Illusion 2). Ah! Eramos fãs também da Rebecca St. James.

A música “gospel” brasileira era muito ruim, embora tivesse boa intenção. Se não me engano o meu primeiro CD “gospel” brasileiro foi um do Katsbarnéa aonde tinha a música Gênesis. Ele me enchia os olhos de lágrimas, mas a qualidade não se comparava com a das bandas de fora.

No início de 96 comecei a congregar em uma igreja carismática aonde tive um período maravilhoso e intenso de renovação. Época inesquecível. Entre os líderes estavam Isaías, Joãozinho, Christian... Vivi realmente um avivamento, não só pessoal mas também como igreja. Naquela época toda a dependência era do poder do Espírito Santo. Benny Hinn foi uma grande influência. Congreguei lá dois anos, até passar para aquela que eu pensava ser a melhor igreja do mundo. Até hoje ela não se estabeleceu ainda por aqui e já deixou de ser o que era a muito tempo, infelizmente. Pela internet pesquisava a respeito do avivamento que estava acontecendo ao redor do mundo (que teve como destaque Toronto).

Durante essa década desenvolvi algumas grandes amizades... Felipe, Guilherme, Cleber...

Eu orava para ter uma “namorada maravilhosa” e no final dessa década eu a encontrei. E foi pelo ICQ. Namorar com alguém que se conheceu pela internet era novidade! Casar com alguém da internet, então... era loucura... Recentemente comemoramos juntos em nossa casinha os 10 anos do nosso primeiro chat!

Enquanto estou terminando de escrever esse post, coicidentemente está tocando Smashing Pumpkins na 107... Que mistério!

2 Comentários:

Blogger Romulo Lobo disse...

Cara vc é maluco não gostar das músicas dos anos 80, os anos 90 foram bem legais, mas os anos 80 foram a melhor década de todas as galáxias....
Mas enfim...
Vc tinha que ficar citando Benny Himm né blaaaaaaaaaaaa, huahuahuahuahuahuahua
Abração amigo, tenha um ótimo dia!
Que o Pai mostre mais do seu amor por vc hj!

quarta-feira, junho 24, 2009 9:42:00 AM  
Blogger Guilherme Araújo disse...

Qual o problema de ser influenciado pelo benny hinn?

Tem gente que se diz influenciado por Jesus e só faz besteira... claro que o problema não é o agente influenciador mas o influenciado que é cabeça fraca...

Sinto tb uma influencia de Benny Hinn na minha vida e como foi fundamental no inicio da minha conversão...

quinta-feira, junho 25, 2009 2:51:00 PM  

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